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SEAP desarticula esquema montado por grupo de agentes de socialização para repassar material ilícito a presos da UPP

Um esquema montado para entregar aparelhos celulares para internos da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) foi desmontado na manhã deste sábado pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Tudo foi descoberto quando o agente de socialização da empresa Umanizzare Gestão Prisional, Alex William Alves Monteiro, foi flagrado tentando entrar na unidade com 11 celulares e R$300 em espécie.  Dois agentes também são acusados de entrar na unidade com materiais ilícitos e outros seis de facilitar a ação.

Segundo relatos, o agente flagrado iria levar os aparelhos para internos da galeria 5. A Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) apoiou a Seap na ocorrência na casa de um ex-funcionário, acusado de participar do esquema, onde encontrou uma arma de fogo.

 

Depois de ouvidos pela Seap, os acusados foram encaminhados ao 19º Distrito Integrado de Polícia (19º DIP) para os procedimentos de flagrante.

 

De acordo com o secretário de Estado de Administração Penitenciária, coronel da Polícia Militar, Cleitman Coelho, os agentes da empresa e funcionários da Seap que flagraram a ação de Alex, agiram segundo as normas adotadas pela Seap para coibir a entrada de materiais proibidos nas unidades prisionais. “Temos que atacar nas origens do problema. Uma delas é a corrupção por parte de pessoas que atuam em unidades prisionais. Vamos agir para impedir ações como essas, sejam os envolvidos funcionários da empresa ou servidores da Seap”.

 

A ação do agente Alex Monteiro iniciou quando o mesmo adentrou à unidade, por volta de 6h. Ele passou pelo procedimento de revista e, depois, se dirigiu à sala do serviço social, na área da relatoria, e abriu a janela da sala. Depois, Alex retornou ao carro e colocou os celulares pela janela da sala do social, e voltou para pegar os aparelhos, quando foi flagrado pelo supervisor do turno da noite.

 

Alex ameaçou o supervisor, dizendo que se ele o entregasse sofreria consequências. O agente foi impedido de sair da sala do social por outros funcionários da empresa, que acionaram a equipe da Seap de plantão na unidade. O mesmo confessou que sairia da sala e passaria pela revista com os celulares sem ser impedido, pois os agentes já sabiam do esquema e iriam colaborar.

 

Ao ser interrogado na Unidade, Alex entregou mais dois agentes que estariam participando do esquema: Anderson da Silva Viena e Cleberson da Silva dos Santos. O No celular do agente foi constatado que havia conversas dele com os presos que receberiam os celulares e com um ex-agente da empresa. Na conversa com o ex-agente, Alex tinha combinado um ponto de encontro para buscar mais material ilícito. A equipe da Seap, com o apoio de policiais militares da Rocam, foi à residência do ex-agente onde encontrou uma arma de fogo.

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