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Com pouco recurso, Amazonas consegue melhorar ensino médio

O estado do Amazonas foi um dos dois únicos (o outro foi Pernambuco) a alcançar a meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para o ensino médio. Não precisou apelar para nenhuma ideia mirabolante, nem empenhar grande volume de recursos para avançar meio ponto no último biênio.

Com a média alcançada, o Estado supera a média estabelecida na última edição do Ideb, que era de 3,1 e se une ao estado de Pernambuco, que também superou a meta prevista em relação aos demais estados brasileiros. Pernambuco registrou índice de 3,9.

A primeira medida do governo foi testar os professores em 2013, sob a condição de não divulgar resultados individuais. Conhecidos os problemas, 41% dos docentes voltaram à sala de aula para melhorar a formação. Incentivou-se também um intercâmbio de boas práticas entre eles, que passaram a circular pelas escolas para contar, os métodos de cada um que vinham dando certo. “O Amazonas adotou soluções baratas com foco na aprendizagem. Foi o estado que deu o maior salto”, diz Rossieli da Silva, secretário de educação básica do Ministério da Educação e ex-secretário de Educação do governo amazonense.

Um incentivo fundamental para o desempenho dos professores foi à instituição de uma bonificação, que pode chegar até o equivalente a um 17º salário no fim do ano. O valor depende do desempenho da escola. Uma prova aplicada a todos os alunos pela Secretaria de Educação do estado passou a servir de orientação para os diretores de cada unidade educacional. Funcionários do governo encaminham a eles informações sobre conteúdos em que os estudantes têm mais dificuldade.

Outra medida foi ampliar o uso das aulas via internet. Já há no estado uma estrutura de ensino à distancia aos alunos que moram em zonas rurais. Há dois anos, ela passou também a ser ofertada aos sábados, para todo o ensino médio, e ganhou 10.000 alunos de audiência. A aula de cada sábado é sempre de uma das treze disciplinas obrigatórias.

O ensino integral, trunfo de Pernambuco para alavancar a aprendizagem, ainda é pouco aplicado no Amazonas: apenas 12% das escolas o oferecem. Entre estas já existem há escolas bilíngues com francês e até japonês, outras aprofundam o ensino de matérias da área de exatas, para quem quer seguir carreira na área. Com estas medidas, o Amazonas acertou o ponto da receita mais simples para o sucesso: professores com formação melhor e alunos engajados.

 

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