Antonio Ximenes
Seis mil ribeirinhos de Lábrea serão atendidos pela Unidade Básica de Saúde (UBS Fluvial) da prefeitura local no mês de dezembro. No final de novembro, a embarcação segue por um ‘tour médico’ em dezenas de comunidades ao longo da calha do rio Purus.
Médicos, dentistas, enfermeiros, agentes de saúde, laboratoristas, enfim, o essencial de profissionais e equipamentos para análise, atendimento clínico e cirurgias de emergência de baixa complexidade, estarão à disposição das famílias rurais do município.
O número de seis mil atendimentos surge por amostragem, já que na viagem realizada pela UBS fluvial de Lábrea em julho, último, essa foi a quantidade de pessoas atendidas. Com seis unidades básicas de saúde no município,dentre elas a fluvial, Lábrea tem mais de 250 comunidades ribeirinhas, para serem atendidas em distâncias que chegam a ser superior a três dias de barco, em alguns casos, pela dificuldade de acesso.
Com oito médicos, sendo que seis do programa Mais Médico do Governo Federal, a Prefeitura elaborou uma planilha de atendimento à população, em que todas às UBS, obrigatoriamente, disponham de, no mínimo, um médico para atender a demanda social em horário regular.
Prevenção
O prefeito Gean Campos de Barros disse “que os ribeirinhos, dificilmente, vão à cidade para serem atendidos preventivamente, indo somente em casos mais graves. E que a UBS fluvial tem resolvido centenas de casos, que poderiam evoluir para uma enfermidade mais séria, em função da orientação preventiva e o tratamento adequado feito pelos médicos embarcados”.
Verbas
Mesmo com às UBS e uma rede de atendimento à saúde pública, razoavelmente, montada, o principal “problema de saúde” no município é a ausência do repasse regular de verbas para o hospital local, com seus 60 leitos. Segundo o prefeito, há seis meses que o governo estadual não estaria repassando a cota de manutenção mensal de R$ 58 mil, o que está causando uma série de transtornos, feito que a Prefeitura tem que alocar recursos próprios para manter o hospital.
“Até o final do mês de novembro vou a Manaus conversar com o secretário de Saúde estadual, para que possamos receber essa verba. Enquanto isso não acontece, temos que continuar investindo na saúde com nossos recursos, que são escassos, e não conseguem cobrir toda a demanda clinica do município”, destacou o prefeito Gean de Barros.
Fonte: acritica.com