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Seca do Rio Madeira pode paralizar travessia de balsa em Humaitá

A seca do Rio Madeira já compromete a transporte de balsas de cargas até Porto Velho, já existem locais ao longo do Rio Madeira que a profundidade é menor que 3 metros no leito do rio. A baixa das aguas comprometem também as cidades como APUÍ e Distrito de Matupí que ficam ao longo da rodovia Transamazônica, é que a balsa de travessia do Rio Madeira em Humaitá, já esta enfrentando dificuldades para continuar realizando os serviços de travessia.

A seca do Rio Madeira pode ser mais uma resposta da natureza a ousadia do homem, desde que a barragem do leito do rio foi feita para a construção da usina hidroelétrica de Santo Antônio em Porto Velho, capital de Rondônia, a natureza vem se manifestando anualmente. O governo Federal precisa intervir imediatamente sob o risco dos transportes via fluvial paralisarem suas atividades. E a tão esperada obra de dragagem do rio Madeira, com início previsto para o dia 15 de julho, até ontem ainda não havia sido iniciada.
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O retardamento da obra continua provocando prejuízos. De acordo com o presidente da Fenavega (Federação Nacional de Empresas de Navegação Marítima, Fluvial e Lacustre e Tráfegos Portuários), Raimundo Holanda, é grande o número de embarcações encalhadas no rio Madeira, justamente nos locais onde o serviço já teria que estar concluído, a exemplo de Curicacas e Papagaios, dois pontos considerados críticos para a navegação no período da estiagem.

O comandante da Delegacia Fluvial de Porto Velho, capitão-de-corveta Luiz Reginaldo de Macedo, recebeu na última segunda-feira (23/09) a autorização da Marinha para o início dos trabalhos. O atraso da obra provoca revolta no setor. “Se o serviço for feito agora, quando o nível da água já está subindo, a batimetria (medida da altura do rio) não vai mostrar a realidade do rio no auge da estiagem. Mais uma vez estarão jogando dinheiro fora”, afirma Raimundo Holanda. Ele informa que vai fazer uma denúncia ao Ministério Público Federal. “O DNIT está fazendo propaganda enganosa porque o dinheiro anunciado para a obra – R$ 6,5 milhões – não está chegando no Madeira”.

O comandante Macedo informa que na última sexta-feira avistou uma draga da Ahimoc deslocada para a comunidade de Tamanduá para fazer a dragagem. A draga estava sem sinalizador de luz e foi autuada. O comandante confirma que está havendo dificuldades de navegação nos pontos críticos do Madeira e considera que este já não é o período ideal para iniciar o trabalho, previsto para 15 de julho.

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